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Diário de fuga

Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

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Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

O nome de cada um

28.11.11 | Alice Barcellos

-       Como se chama?

-       Alice

-       Ah, Alice no país das maravilhas

Quem se chama Alice provavelmente já ouviu umas quantas vezes esta brincadeira à volta do nome. No meu caso em concreto, é costume acontecer outras perguntas, relacionadas com o meu apelido.

-       Como se chama?

-       Alice Barcellos

-       Ah, és de Barcelos

Ou

-       E o galo? Ficou em Barcelos?

Ao que acabo de uma vez com mais especulações.

-       Olhe que o Barcellos é com dois L

-       Ah, de onde vem este nome?

Mais uma explicação e, no fim das contas, acaba-se por perder alguns minutos à volta do nome. É por estas e por outras que considero o nome que se escolhe a uma pessoa algo muito importante e que pode ser decisivo em alguns momentos da sua vida.

Ter um nome forte, que seja memorizado com facilidade, é melhor do que ter um nome vulgar, facilmente esquecido ou confundido. É o caso daqueles nomes, frequentes no Brasil, que vieram desvirtuar os nomes originais. Por exemplo, Liliane ao invés de Liliana ou Daniele ao invés de Daniela.

Há também aqueles nomes ou apelidos que são frequentemente alvo de gozo e chacota, principalmente quando somos crianças (mas afinal o que é que não é alvo de gozo nesta fase?). Lembro, assim de repente, de exemplos bem conhecidos: Coelho, Catarro ou Feio.

Costuma também se dizer que existem certos nomes que não combinam com bebés, são nomes de velho. Walter ou Isaura não costumam estar associados à frescura da tenra idade.

Há também mais uma situação, talvez a pior de todas, que é ter um nome tão complicado que tens de o soletrar sempre, mesmo quando estás a falar presencialmente. Isso para não dizer o filme que é todas as vezes que tens de ligar para um qualquer apoio ao cliente. Quando finalmente percebem o nome, já foram gastos mais de cinco euros na chamada.

Mas cada pessoa tem o seu nome. E por mais que existam milhares de Joanas, Pedros, Anas, Josés ou Marias, cada um deles será sempre único e irrepetível, bem como o seu nome, que apesar de ser igual a muitos, acaba por ser também uma parte indissociável de cada um.