Casa velha
A chuva vai continuar a cair na casa
enquanto ela estiver desabitada
Nas janelas sem vidraças o vento
continua a entrar em pedir licença
O mato cresce no jardim
e os gatos vadios
fazem dele o seu quintal
No velho poço de pedra e musgo
a água continua a brotar
submersa aos nossos olhos
Mas ela espera por nós
Nas paredes que respiram tempo
há memórias guardadas para um futuro
de cortinas brancas e floreiras nas janelas