25.01.19 | Alice Barcellos |
Vivemos num tempo em que és de esquerda ou és direita, és comunista ou és fascista, és completamente a favor ou és completamente contra. É preto ou é branco. E no cinzento, ali no meio, milhões de pessoas pagam muito caro por esta divisão cada vez maior alimentada (...)
13.12.18 | Alice Barcellos |
É difícil não ouvir da boca de um jornalista que, em algum momento da sua vida, teve um sonho. O sonho de mudar o mundo. Para melhor. Quando começamos a estudar, é esta a ideia que nos passam. Que os jornalistas têm este poder. Que podem fazer a diferença na (...)
É comum lembrarmo-nos de onde estávamos e do que estávamos a fazer no dia de grandes tragédias. Tantas vezes já ouvi "lembro-me perfeitamente do que estava a fazer quando aconteceu o 11 de setembro" que serve de mote para depois se falar mais uma vez dos atentados que (...)
Um cão e um gato, Maurice e Patapon, um bissexual anarquista e outro assexual fascista, ficaram órfãos depois do ataque bárbaro à redação do Charlie Hebdo, em Paris. Charb, o diretor do jornal, era o “dono” dos bichanos que há bem pouco tempo tinham voltado aos (...)
25.11.14 | Alice Barcellos |
Há quase sempre um velho que vagueia pelo nosso bairro. Pelo menos no meu há e já reparei o mesmo por outras vizinhanças. De barbas grisalhas carregadas, aspecto sujo, maltrapilho, o velho do meu bairro vive nos intervalos da visão. Aqueles que vislumbramos quando (...)
A indignação é geral, a polémica está instalada. Uma marca de gelados cometeu um erro de português daqueles que faz doer a barriga e revirar os olhos. Apesar de todos nós escorregarmos, de vez em quando, na ortografia, a questão ganha outra dimensão quando aparece (...)
07.12.13 | Alice Barcellos |
Foram mãos fortes, de dedos grossos, mãos expressivas, ora junto à face, ora a acenar, ora de punho cerrado, que tomaram de assalto as capas de jornais de todo o mundo nesta sexta-feira. Foram as mãos de Nelson Mandela, mãos de quem levou uma causa às costas como se (...)
São dezenas de corpos dispostos no chão, envoltos em lençóis brancos, olhos fechados, expressões serenas. Muitas crianças. São a geração perdida e destruída pela guerra. Estas já não vão poder ver o seu país em paz, algumas delas nasceram e morreram durante (...)
Foi um ano mau, deu tudo errado, ficamos mais pobres, ficamos mais tristes. Pois é. Tenho ouvido e lido estas palavras nos balanços de 2012. É verdade que o ano trouxe com ele isso tudo. Foi o ano em que comecei a ouvir cada vez mais casos de pessoas que ficaram sem (...)