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Diário de fuga

Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

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Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

É Carnaval

08.02.13 | Alice Barcellos

São piratas e princesas, super-heróis, anjinhos e diabretes, palhaços, mimos, e o que mais a imaginação permitir. Hoje é dia de ver crianças fantasiadas pela rua. Um dos poucos indícios de que o Carnaval está próximo.

Quando era miúda adorava fantasiar-me. Gostava mais de vestir trajes e encarnar personagens do que do Carnaval de facto. O Carnaval acontecia sempre quando abria o meu baú de fantasias e escolhia quem ia ser naquela tarde de brincadeiras no jardim. Podia ser uma princesa, como toda a menina gosta, mas também podia ser uma ninfa em metamorfose.

Desde que vivo em Portugal, gosto de ver as crianças fantasiadas pelas ruas durante o Carnaval. Desde logo, por causa dos trajes que são bem diferentes dos do Brasil, uma vez que o clima não permite andar com braços e pernas de fora. Mas principalmente, pela alegria e pela capacidade que as crianças têm de encarnar personagens e construírem em segundos um mundo de fantasia que é só delas e que só elas percebem e sentem.

Ao menos (e ainda bem!), as crianças não precisam de saber se têm ou não direito à tolerância de ponto e não percebem que temos palhaços a governar-nos. Basta-lhes colocar uma fantasia e celebrar o simples facto de estarem daquele jeito. Brincarem sem compromissos umas com as outras e terem os poderes que aquele traje lhes dá.