Novembro
Novembro há-de ser sempre um mês de dor
Dores de crescimento
Porque crescemos à força quando perdemos alguém de repetente
E a vida nos ensina que a morte está sempre presente
Novembro passa devagar entre a chuva que cai
e o sol tímido que aparece e desaparece num piscar
Com sorte, vemos um arco-íris a abraçar o mundo
e ficamos contentes sem pensar
Tudo vai ficar bem, assim se dizia noutros tempos
Ficou? Não, nem tudo, quase nada
Mas o tempo, esse senhor sempre atento, passou,
levando com ele na sua mala de vento, um pouco da dor de novembro
E num piscar já é dezembro