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Diário de fuga

Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

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Na rotina dos sonhos fugimos dos dias

Pausa para café

27.08.19 | Alice Barcellos

- Boa tarde, o que vai ser?

- Um café.

- Não quer nada para acompanhar? Uma queijada, um queque, uma natinha?

- É só o café, se faz favor.

Traz-me só o café. Não precisa ser curto, nem cheio, com açúcar ou pau de canela. Não quero bolos, não quero mais nada, a não ser uma chávena branca com aquele inconfundível líquido castanho escuro. Que sabe tão bem como cheira. Que me faz tão bem quanto sabe. 

- Cá está o café, não se quer sentar?

- Não, obrigada, fico ao balcão.

Fico aqui neste balcão e por alguns minutos penso apenas em beber o meu café, reparo na atividade das empregadas que lavam a louça estridentemente e falam mais do que pensam. Deixo-me estar aqui ao balcão e sou só mais um igual a tantos outros que por aqui passam. 

Agora, só quero sorver este café. Lá fora, a vida continua a passar com pressa. A cidade continua a pulsar com ânsia. As pessoas continuam a precisar de ajuda.

Mas quando estou aqui ao balcão e bebo este café, é como se tudo parasse no meio de três goles. 

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Imagem: Pixabay

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